sábado, 27 de julho de 2013

TERREMOTOS

Por que é raro ocorrer terremotos no Brasil?

Beatriz Vichessi
Tremores de terra ou abalos causados pela liberação de energia acumulada no interior da crosta terrestre não são raridades aqui. Ao contrário: o território nacional sofre cerca de 90 tremores todos os anos.

Incomuns, na verdade, são os sismos de grande magnitude porque o país está em uma zona intraplacas tectônicas, com maior estabilidade, afastado das zonas de contato ou de separação de plataformas (veja a ilustração ao lado, que também indica, com as setas vermelhas, o sentido de movimento das placas).

Essas áreas de contato são muito instáveis, como é o caso do arquipélago japonês, que sofre com abalos fortes. Mas grandes terremotos já foram registrados aqui.

Em 1955, em Mato Grosso, um sismo atingiu 6,2 graus na escala Richter. Ele teria sido devastador se tivesse ocorrido em uma área mais povoada.

Consultoria Roberto Giansanti, geógrafo e autor de livros didáticos.
Revista Nova Escola

Tremor de magnitude 3,3 é registrado em Nova Lima-MG
O tremor só foi sentido em um bairro da cidade e não provocou maiores danos

O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) registrou no último sábado, 22, um tremor de magnitude 3,3 na escala Richter na cidade de Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo os pesquisadores, o tremor pôde ser sentido especialmente no bairro Morro do Chapéu, porém não teve potencial para causar danos. A ocorrência foi registrada em sete estações por volta das 19h30 de sábado.

Há pouco mais de um ano, no dia 8 de outubro, um tremor de 4,5 graus foi registrado em Brasília, tendo como epicentro a cidade Mara Rosa, na divisa de Goiás com Tocantins, a 500 quilômetros de Brasília. Esse tipo de tremor de terra é comum no Brasil, que fica longe das falhas tectônicas maiores, mas possui falhas menores em seu território.
Agência Estado
Revista Veja

cientistas associam terremotos às mudanças climáticas

pela primeira vez, estudo aponta influência do clima na ocorrência de tremores

Região atingida pelo terremoto e tsunami na cidade de Ishinomaki, Japão
Região atingida pelo terremoto e tsunami na cidade de Ishinomaki, Japão (Kimimasa Mayama/EFE)
A mudança climática pode ser responsável por potencializar o movimento das placas tectônicas, segundo um estudo geológico divulgado nesta quarta-feira na Austrália.

Um grupo de cientistas australianos, alemães e franceses estudou esse fenômeno na Índia, onde chegaram à conclusão que as monções se intensificaram durante os últimos dez milhões de anos.

Os pesquisadores descobriram que nesse período as chuvas aceleraram o movimento das placas da litosfera na região em um centímetro por ano.

O geólogo australiano Giampiero Iaffaldano falou sobre o ineditismo da pesquisa. "Pela primeira vez, se reconhece que a mudança climática pode, a longo prazo, atuar potencialmente como uma força e ter influência no movimento das placas tectônicas".

Iaffaldano assinalou que certos eventos geológicos causados pelo movimento das placas - como a criação dos continentes, o fechamento das conchas oceânicas e a formação dos cinturões montanhosos - podem ter influência no clima durante milhões de anos e com efeito retroativo.

Os cientistas consideram que o estudo pode contribuir para estudar os efeitos do movimento das placas tectônicas e determinar as regiões mais propensas a ser atingidas por devastadores tremores como o ocorrido recentemente no Japão.

"Para isso, deve-se levar em conta a história da mudança climática nos últimos milhões de anos", afirmou Iaffaldano.http://veja.abril.com.br

(com Agência EFE)

TERREMOTOS



Ricardo Barros Sayeg
O terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão na última madrugada de sexta-feira, 11 de março de 2011, foi o maior que os japoneses já presenciaram. O país já se acostumou, há muito tempo, a conviver com desastres naturais. Estes últimos, entretanto, causaram enorme destruição e muitas perdas humanas. Foi o sétimo terremoto mais violento do mundo – 8,9 graus na escala Richter. Sua força foi tamanha que chegou a deslocar dez centímetros o eixo de rotação do planeta!
Este, porém, não foi o maior abalo já registrado pela humanidade. Tudo indica que o terremoto que causou mais mortes tenha sido registrado em Shensi, na China, no ano de 1556. Ele teria matado cerca de 830 mil pessoas no país mais populoso do mundo. Todavia, ele não foi o de maior magnitude. O maior já registrado até hoje teria ocorrido no Chile, em 1960, de 9,5 graus na escala Richter, causando a morte de aproximadamente 5.700 pessoas e deixando cerca de 2 milhões de feridos. Outro abalo de enorme magnitude ocorreu no Alasca, em 1964, e atingiu 9,2 graus, mas como teria ocorrido em uma área desabitada não causou tantas perdas humanas ou materiais.
Durante o anúncio de um terremoto pela mídia sempre é mencionada a escala Richter. Essa escala foi criada em 1935 pelo cientista norte-americano Charles F. Richter, um dos pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia. A escala se inicia no grau zero e é infinita (pelo menos do ponto de vista teórico). Contudo, nunca foi registrado um terremoto de grau 10 na escala Richter. Ela se baseia num princípio logarítmico, ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo, produz efeitos dez vezes maiores que um de magnitude 5, e assim, sucessivamente.
O poder de destruição de um abalo sísmico não está relacionado apenas à sua magnitude. Outros fatores também influenciam como, por exemplo, a profundidade do hipocentro (ponto interior da crosta terrestre onde ocorre a fratura principal), as condições geológicas do terreno onde ele ocorre, a estrutura de engenharia das edificações, a proximidade de centros populosos, entre outros fatores. Um exemplo disso foi o terremoto ocorrido no Haiti, em janeiro de 2010. Naquela oportunidade, o tremor de terra de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, provocando uma série de feridos, desabrigados e mortes. Diversos edifícios desabaram, inclusive o palácio presidencial da capital, Porto Príncipe.
O terremoto que se abateu sobre o Japão não pegou a população despreparada. Os japoneses recebem treinamentos constantes e muitas edificações são construídas para suportar os abalos. Tomara que esse país, cuja população já enfrentou inúmeras crises e problemas, consiga se recuperar o mais rápido possível dessa terrível tragédia!
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Ricardo Barros Sayeg é professor do Colégio Paulista, mestre em Educação pela USP, formado em História e Pedagogia pela mesma universidade.

Um comentário:

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