quarta-feira, 17 de julho de 2013

CAMADA DE OZONIO

Destruição da camada de ozônio foi freada


O estudo mostrou que os gases que provocavam a perda da camada de ozônio foram substituídos com sucesso

A destruição da camada de ozônio foi freada. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a agência espacial americana (Nasa) e 300 cientistas de todo o mundo, a camada que protege a vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta parou de diminuir, mas não começou a se recuperar. O estudo mostrou que os gases que provocavam a perda da camada de ozônio foram substituídos com sucesso. Em seu lugar são usados produtos que também tem menor impacto sobre o aquecimento global.

A ONU comemorou o relatório - o primeiro em quatro anos sobre a camada de ozônio. Segundo a entidade, o acordo de 1987, que determinou a retirada dos gases nocivos de aparelhos como geladeiras, impediu "um esgotamento maior" da camada. "Na última década, o ozônio não está mais diminuindo, mas também não está aumentando", diz Geir Braathen, cientista-chefe da Organização Meteorológica Mundial.

A avaliação é de que a proteção da camada de ozônio e a retirada dos gases nocivos da indústria representaram benefícios importantes. Se não fosse pelo controle do uso do clorofluorcarbono (CFC), os cientistas apontam que as emissões seriam 30% superiores, hoje em dia.

O acordo de 1987 conseguiu, portanto, uma redução real no impacto das emissões cinco vezes maior que o obtido pelo Protocolo de Kyoto. Também foram importantes os benefícios para a saúde. Segundo o levantamento, 20 milhões de casos de câncer de pele foram evitados na década, além de 130 milhões de casos de catarata.
(Com Agência Estado)

Revista Veja

Por que os buracos da camada de ozônio ficam nos pólos?


Por que os buracos da camada de ozônio ficam nos pólos?
por Viviane Palladino
Essa dúvida faz sentido: se os maiores lançadores de gases que detonam a camada de ozônio são os países do hemisfério norte, por que o rombo maior fica sobre a Antártida? Simples: as moléculas desses gases maléficos são carregadas para os pólos por correntes de ar poderosas, que viajam do Equador em direção aos extremos do globo. Por causa desse fenômeno natural, os pólos se tornam depósitos naturais de gases que têm vida longa - como o CFC, o clorofluorocarboneto, principal destruidor da camada de ozônio. Sem a camada de ozônio na alta atmosfera, entre 20 e 35 quilômetros de altitude, o ser humano fica vulnerável aos efeitos nocivos dos raios ultravioleta que vêm do Sol. Eles podem causar, por exemplo, um aumento na incidência dos casos de câncer de pele. Os cientistas detectaram pela primeira vez um buraco na camada de ozônio na década de 1980. Hoje, há um buraquinho sobre o Pólo Norte e um buracão de 28 milhões de km2 (mais de 3 vezes o tamanho do Brasil!) sobre o Pólo Sul. Para diminuir o problema, 180 países já aderiram ao Protocolo de Montreal, um acordo para reduzir a fabricação de produtos que tenham CFC e outros gases destruidores da camada de ozônio. O esforço tem dado certo: nos últimos 10 anos, a velocidade de destruição da camada vem diminuindo. Mas os cientistas calculam que serão precisos 50 anos para a camada se regenerar por completo.

O buraco é mais embaixo
Correntes de ar fazem o rombo se concentrar no Pólo Sul
1. A camada de ozônio (O3) nasce de uma reação dos raios ultravioleta do Sol com o oxigênio (O2) da atmosfera. Em contato com o UV, os átomos de oxigênio se rearranjam, formando moléculas de O3 que funcionam como escudo contra os raios UV do Sol
2. Os raios UV também modificam os gases CFC (clorofluorocarbonetos), emitidos por produtos como geladeiras, sprays e ares-condicionados. A ação do ultravioleta decompõe as moléculas de CFC em seus elementos básicos: cloro, flúor e carbono
3. Liberado no ar, o cloro (Cl) reage com o ozônio (O3), formando uma mólecula de oxigênio (O2) e outra de óxido de cloro (ClO). Como o cloro pode existir por até 80 anos, um único átomo destrói milhares de moléculas de ozônio
4. Os maiores emissores de CFC são os países do hemisfério norte. Mas a sujeira não fica por lá porque poderosas correntes de ar levam os gases tóxicos para os extremos norte e sul do globo. Por isso, os buracos da camada de ozônio aparecem apenas nos pólos
5. O buraco no sul é bem maior que no norte porque no Pólo Sul a temperatura é mais fria e a circulação atmosférica é pequena. Com isso o CFC se concentra em enormes quantidades nas nuvens. Quando chegam os meses de sol, os raios UV dissolvem essas nuvens de uma só vez, liberando uma quantidade muito maior de cloro para detonar o ozônio
Revista Mundo Estranho

Efeitos do ozônio

Craig Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Quando você inala ozônio, ele passa por seu aparelho respiratório. Como o ozônio é muito corrosivo, danifica os bronquíolos e os alvéolos em seus pulmões, as bolsas de ar que são importantes para a troca de gases (acesse: Como funcionam os pulmões para mais detalhes). A exposição repetida ao ozônio pode inflamar os tecidos dos pulmões e causar infecções respiratórias.

A exposição ao ozônio pode agravar condições respiratórias preexistentes, como a asma, reduzir o funcionamento dos pulmões e a capacidade de fazer exercícios. Pode também causar dores no peito e tosse. As crianças pequenas e os idosos são mais suscetíveis aos altos níveis de ozônio encontrados durante o verão.

Além dos efeitos nos seres humanos, a natureza corrosiva do ozônio pode danificar plantas e árvores. Altos níveis de ozônio podem destruir colheitas e vegetação.
Foto cortesia NARA, fotógrafo Gene Daniels/U.S. EPA
Planta danificada pelo ozônio (esquerda) e planta normal (direita)

O que é ozônio?

Craig Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Ozônio é uma molécula formada por três átomos de oxigênio (O3). Ele é instável e altamente reativo. O ozônio é utilizado como branqueador, agente desodorizante e agente esterilizante para ar e água potável. Ele é tóxico.
O ozônio é encontrado naturalmente em pequenas concentrações na estratosfera, uma camada superior da atmosfera terrestre. Nessa atmosfera superior, o ozônio é formado quando a luz ultravioleta do sol divide uma molécula de oxigênio (O2), formando dois átomos de oxigênio. Cada átomo de oxigênio une-se a uma molécula para formar o ozônio. O ozônio da estratosfera protege a superfície terrestre da luz ultravioleta, que é perigosa.
Foto cortesia de NIEHS/NIH
Produção de ozônio a partir de poluentes NOx: os átomos de oxigênio liberados do dióxido de nitrogênio, pela ação da luz solar, atacam as moléculas de oxigênio e formam ozônio. O óxido de nitrogênio pode combinar-se novamente com ozônio para formar dióxido de nitrogênio, e o ciclo se repete.
O ozônio também pode ser encontrado na troposfera, a camada mais baixa da atmosfera. O ozônio da troposfera é produzido pelo homem, como o resultado da poluição do ar de motores de combustão interna e usinas geradoras de energia. O escapamento dos automóveis e as emissões industriais liberam uma gama de gases de óxido nitroso (NOx) e compostos orgânicos voláteis (VOC), subprodutos da queima de gasolina e carvão. O NOx e o VOC combinam-se quimicamente com o oxigênio para formar ozônio durante dias ensolarados de altas temperaturas no final da primavera, verão e começo do outono. Geralmente, os altos níveis de ozônio são formados no calor da tarde e começo da noite, dissipando-se durante as noites mais frias.
Mudanças climáticas sazonais no ozônio da troposfera no mundo todo: o ozônio da troposfera aumenta durante o verão nos hemisférios norte e sul quando o clima está quente. O maior índice de ozônio da troposfera pode ser observado durante o verão no hemisfério norte.
Embora a poluição por ozônio seja formada principalmente nas áreas urbanas e suburbanas, ela também espalha-se pelas áreas rurais, carregada pelo vento ou formada pelos carros e caminhões que trafegam nestas áreas. Podem ser detectados níveis significativos de ozônio em áreas rurais a uma distância de 150 km das zonas industriais urbanas.
Foto cortesia NIEHS/NIH
A poluição por ozônio pode mover-se das áreas urbanas para as rurais

Faça seu próprio detector de ozônio
Você pode fazer tiras de teste de ozônio para detectar e monitorar os níveis de ozônio em seu quintal ou nas vizinhanças de sua escola. Você vai precisar de:
amido de milho
filtro de papel (os filtros de café funcionam bem)
iodeto de potássio
Basicamente, você fará uma pasta de água, amido de milho e iodeto de potássio e usará essa pasta para pintar tiras de filtro de papel. As tiras deverão ficar expostas ao ar durante oito horas. O ozônio do ar reagirá com o iodeto de potássio alterando a cor da tira. Você poderá fazer a leitura da concentração de ozônio comparando com a tabela disponível neste site (em inglês). Você também precisará saber a umidade relativa do ar, que pode ser obtida no jornal, boletins do tempo ou estações caseiras.
http://ambiente.hsw.uol.com.br

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