quarta-feira, 17 de julho de 2013

CURIOSIDADES GEOGRAFICAS

O que era a Indochina?

Era uma região no sudeste da Ásia que foi colônia francesa entre meados do século 19 e meados do século 20. Ela englobava três países atuais: o Vietnã, o Laos e o Camboja. O nome Indochina surgiu porque essa região fica justamente espremida entre duas grandes culturas asiáticas, a indiana (a oeste) e a chinesa (ao norte). Essas duas civilizações milenares tiveram forte influência sobre a vida e os costumes dos vários reinos que governavam a Indochina antes da expansão colonial européia. O domínio francês no território, visando a extração de matérias-primas como a borracha, estabeleceu-se gradualmente entre 1858 e 1893. No século 20, a região seria palco de vários acontecimentos polêmicos. No início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), por exemplo, o avanço japonês na área levou o governo dos Estados Unidos a congelar todos os bens nipônicos em território americano. Um mês depois, os japoneses atacariam a base ianque de Pearl Harbor, colocando os dois países em guerra. Entre 1955 e 1975, seria a vez de a Indochina se transformar em cenário de outro importante conflito do século 20: a Guerra do Vietnã, que opôs os Estados Unidos ao Vietnã do Norte. Foi só após o final desse confronto que as fronteiras da região finalmente adquiriram o formato atual, dividindo-se em três países - Vietnã, Laos e Camboja.

Pra lá da Cochinchina Região foi dominada por franceses e japoneses, além de ter sido cenário da Guerra do Vietnã

Idade Média

Até o fim da Idade Média (século 15) a região do Sudeste Asiático que mais tarde se transformaria na Indochina é uma área dominada por vários pequenos reinos locais. Há, por exemplo, a civilização Champa e o estado Annan (que dominam a maior parte do atual Vietnã) e o império Khmer (no atual Camboja)

Séculos 16 a 19

Os europeus começam a entrar na região no século 16, num processo que duraria 300 anos. No século 19, os franceses dominam totalmente a porção mais ao sul do atual Vietnã, chamada Cochinchina. O resto da Indochina é controlado por um governo central francês, mas os antigos reinos locais ainda têm alguma autonomia

1941

Em 1941, durante a Segunda Guerra, os franceses perdem a região para as tropas japonesas. Na época a França estava sob domínio da Alemanha nazista e não ofereceu grande resistência. Parte da administração da Indochina, principalmente áreas do Camboja e do Vietnã, os japoneses delegam à aliada Tailândia

1945

Quando os japoneses se rendem no final da Segunda Guerra, a estrutura colonial da região começa a desmoronar. No norte do atual Vietnã, o líder nacionalista e comunista Ho Chi Minh anuncia a criação da República Democrática do Vietnã. As monarquias do Laos e Camboja hesitam em fazer o mesmo e esses territórios são reocupados pela França

1946

A França não aceita a independência do norte do Vietnã e tem início a Primeira Guerra da Indochina. O conflito acaba em 1954 com vitória das tropas de Ho Chi Minh. No acordo de paz, o Vietnã é dividido em dois países, o do Norte e o do Sul. Aproveitando-se da derrota francesa, Laos e Camboja também conseguem se livrar do domínio colonial

1955

A paz na região dura pouco. Os Estados Unidos, que apoiaram a França para conter o avanço do comunismo na Ásia, entram em confronto com o Vietnã do Norte, dando início à famosa Guerra do Vietnã. O conflito termina em 1975 com mais uma vitória de Ho Chi Minh e a unificação do Vietnã (incluindo a Cochinchina) num só país
mundoestranho.abril.com.br

Em qual lugar a água do mar é mais quente?

por Viviane Palladino
Segundo o Guinness, o "livro dos recordes", a maior temperatura já registrada no oceano é 404 ºC. Só para dar uma idéia, o fogão da sua casa não passa de 300 ºC! Esse calor infernal foi medido no oceano Pacífico, a cerca de 480 quilômetros da costa oeste dos Estados Unidos. Mas você nunca vai conseguir nadar nessa temperatura escaldante. Isso porque o recorde foi medido a mais de 2 mil metros de profundidade, junto a uma fonte hidrotermal, um lugar em que o magma vulcânico fica muito próximo do leito do oceano, aquecendo brutalmente a água. Se você estiver a fim de dar um tibum nas águas de superfície mais quentes do planeta, pegue um avião até a região onde ficam países como Filipinas, Indonésia, Brunei e Timor Leste. Por lá, em qualquer época do ano você pode se banhar em águas que passam dos 30 ºC. Se você não quiser ir tão longe, dê uma chegadinha até o canal de Moçambique, entre o leste africano e a ilha de Madagascar. Nessa área, a água também costuma atingir temperaturas acima de 27 ºC - no sudeste do Brasil, por exemplo, a temperatura média é de 24 ºC. Tanto no sudeste asiático quanto na costa leste da África, a a água é quentinha porque as correntes marítimas que banham a região percorrem uma longa distância, partindo da costa oeste das Américas. Como boa parte do percurso rola na zona equatorial, as correntes recebem um monte de luz solar durante o trajeto. No final da viagem, as águas estão bem mais quentes que no resto do planeta.

Rapidinhas da Geografia


O Sol é uma estrela e só é visível durante o dia e com brilho intenso porque estamos muito próximos dele;

A Terra é nossa casa cósmica e, atrelada gravitacionalmente ao Sol, é uma nave natural viajando pelo braço da galáxia em que vivemos (a Via Láctea) à velocidade de 72 mil km/hora em direção à constelação de Hércules (ápex solar);

A Terra  gira em torno de seu eixo em torno de 1.600 km hora na faixa do equador;

A Terra desloca-se em torno do Sol a aproximadamente 108 mil km/h, umas 120 mais rapidamente que os jatos comerciais.
Fonte Scientific American

Como se forma o ouro? Como são descobertas novas jazidas?



Esse metal raro e precioso surgiu do mesmo jeito que todos os outros elementos químicos: por causa de uma fusão nuclear. "No período de formação do Sistema Solar, 15 bilhões de anos atrás, núcleos dos átomos de hidrogênio e hélio, os elementos mais simples, combinaram-se a altíssimas temperaturas, dando origem a elementos mais complexos, como o ouro", afirma o geólogo Roberto Perez Xavier, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na Terra, formada há 4,5 bilhões de anos, o ouro apareceu na forma de átomos alojados na estrutura de outros minerais. Mas a quantidade é muito pequena. Para se ter uma idéia, na crosta terreste - a camada mais superficial do planeta - em cada bilhão de átomos, apenas cinco são de ouro. As jazidas apareceram milhões de anos atrás, criadas pela ação de processos geológicos que modificaram a cara da superfície terrestre, como vulcões e erosões.
O resultado é que o ouro hoje pode ser encontrado e extraído tanto de minas subterrâneas - a até 1,5 quilômetro de profundidade - quanto de minas e garimpos a céu aberto - onde o metal é retirado a apenas 50 metros da superfície - ou mesmo do leito de um rio. Quando uma rocha contendo ouro é encontrada, ela precisa ser tratada quimicamente para que o mineral se separe de outros elementos. "Nas jazidas, a concentração de ouro é de apenas alguns gramas por tonelada extraída", afirma Roberto. Não é à toa que a produção mundial é pequena: cerca de 2 500 toneladas por ano. Para encontrar novos depósitos de ouro, os geólogos precisam de um arsenal de informação. "Primeiro, imagens de satélite apontam, no terreno, ou falhas geológicas ou a presença de certos minerais e rochas que indicam a ocorrência de uma jazida. Depois, é preciso fazer um mapeamento geológico da região, com coleta de amostras de rochas, solo e sedimentos para analisar as áreas que podem ter o metal.
Se houver alguma certeza, é hora de furar o terreno. Aí, uma boa dose de sorte também ajuda", diz Roberto.
O mapa da minaO Brasil é o 12º no ranking de extração do metal
A África do Sul lidera o ranking dos países que mais extraem ouro. O Brasil, 12º colocado, possui seus depósitos mais importantes em Carajás (PA), Tapajós (MT e PA), Crixás (GO), Rio Itapicuru (BA) e na região do Quadrilátero Ferrífero (MG). A tabela abaixo mostra os outros países de maior extração e quantas toneladas saem por ano de cada um deles
1º África do Sul - 474
2º Estados Unidos - 365
3º Austrália - 313
4º Canadá - 165
5º China - 161
6º Indonésia - 139
7º Rússia - 127
8º Peru - 89
9º Uzbequistão - 81
10º Gana - 73
11º Nova Guiné - 63
12º Brasil - 55
Valores de 1998, em toneladas
Fonte: Simpósio Internacional de Ouro (ago. 1998); Gold Survey 1999
Revista Mundo Estranho

Qual é o maior povo sem país?



por Roberto Navarro

É o povo curdo, um grupo de cerca de 36 milhões de pessoas que se espalha pelo leste da Turquia, norte da Síria e do Iraque e noroeste do Irã. Até o início do século 20, os curdos pouco se importavam em ter um país, levando uma vida de pastores itinerantes de cabras e ovelhas e tendo como principal elemento de identidade sua organização social, baseada na lealdade aos clãs. Porém, o maior controle das fronteiras nacionais após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) impediu o livre deslocamento de seus rebanhos e forçou a maioria dos curdos a estabelecer-se em aldeias fixas e adotar a agricultura, fazendo surgir o nacionalismo e a luta pela criação de uma nação própria, projeto duramente reprimido pelos governos da Turquia e dos países vizinhos. Mas conseguir o próprio país não é aspiração exclusiva dos curdos. Ela faz parte das reivindicações de vários outros povos - grupos de indivíduos que são originários de uma mesma região, falam o mesmo idioma e têm costumes, hábitos, história, tradições e cultura em comum. Em geral esses povos não possuem hoje o próprio país por serem minorias étnicas na área que habitam, sendo submetidos a poderosas forças políticas ou militares, que representam interesses contrários à sua autonomia.
Rebeldes sem casa
Os seis maiores povos sem nação totalizam 56 milhões de pessoas
1. Curdos
POPULAÇÃO - 36 milhões
TERRITÓRIO REIVINDICADO - 191 mil km2 (equivalente ao Paraná)
QUEM SÃO - Descendentes de tribos nômades que viviam ha 3 mil anos nas montanhas do que são hoje Turquia, Irã e Iraque. Apesar de ocuparem por séculos a mesma região, nunca tiveram um pais, mantendo-se sob domínio político e militar de outros povos.
SITUAÇÃO ATUAL - Na Turquia, onde vive a maioria do povo curdo, seu idioma é proibido e cerca de 10 mil deles estão presos por motivos políticos. Na década de 1990, milhares de curdos foram mortos por armas químicas lançadas pelo ex-ditador Saddam Hussein no Iraque. Apos a queda dele, a situação do povo no país melhorou.
2. Tibetanos
POPULAÇÃO - 6,2 milhões
TERRITÓRIO REIVINDICADO - 1,2 milhão de km2 (equivale ao Pará)
QUEM SÃO - Descendentes de pastores que vivem na região noroeste do que e hoje à China há 2 200 anos, os tibetanos costumavam viver numa sociedade semifeudal dominada pela classe de sacerdotes budistas. Desde o século 13, o povo sofre a dominação de outros inimigos. Em 1990, o Tibério foi invadido pela China, sendo ocupado e anexado em seguida. Para contrabalançar a demografia da região, o governo de Pequim enviou mais de 6 milhões de chineses para viver no Tibete.
SITUAÇÃO ATUAL - A china continua a reprimir as atividades políticas e religiosas e região, que tem passado por rebeliões esporádicas, sempre duramente combatidas por Pequim.
3. Palestinos
POPULAÇÃO - 5,3 milhões
TERRITÓRIO REIVINDICADO - 6 mil km2 (equivale ao Distrito Federal)
QUEM SÃO - Os palestinos são descendentes dos filisteus, povo que chegou ao Oriente Médio há 14 mil anos, época em que explodiram os primeiros confrontos com israelitas, que também habitavam a região. Submetidas ao Império Otomano e depois pelos britânicos, os palestinos perderam a chance da independência em 1948: com a de Israel, boa parte de seu território foi ocupado pelo novo país.
SITUAÇÃO ATUAL - Em 1994 foi estabelecida a Autoridade Palestina, um governo semi-autônomo que obteve controle sobre partes do antigo território. Os palestinos moderados defende
Revista Mundo Estranho

O que é o vento solar?


Nada menos que 1 milhão de toneladas de matéria que o Sol ejeta a cada segundo! Ela é formada pelos elétrons e núcleos de átomos de elementos abundantes na estrela, como hidrogênio e hélio. Acelerados pelo calor solar, eles escapam do seu campo gravitacional. "Esse turbilhão tem um campo magnético próprio que interage com o da Terra e, assim, acaba afetando o nosso planeta", diz o astrônomo Enos Picazzio, da USP. Durante as explosões solares - quando partes da estrela emitem mais radiação que o normal -, o fenômeno pode interromper sinais de rádio e confundir o vôo de aves que se orientam pelo campo magnético terrestre. Outras manifestações dessa força são as auroras austral e boreal - belos arcos de luz que se formam no céu das regiões polares - e a porção brilhante do rabo dos cometas. O vento solar, por fim, percorre uma distância igual a 20 vezes a que separa a Terra do Sol. Depois, esfria e dissipa-se entre as estrelas.

 É uma brasa, mora!
Calor do Sol solta matéria no espaço Estimada em 1 milhão de graus Celsius, a temperatura da superfície do Sol é tão quente que faz as partículas escaparem do seu campo gravitacional. Assim se forma o vento solar
Revista Mundo Estranho

Quais são os critérios para agrupar estrelas em constelações?


Por incrível que pareça, não há um critério científico. Suspeita-se até que os povos antigos tenham começado a nomear as constelações antes mesmo da invenção da escrita. Afinal, conhecer o céu sempre foi importante para a navegação e a agricultura, uma vez que dá para marcar as estações do ano pela posição das estrelas. Algumas constelações mais familiares, como as 12 do zodíaco, foram catalogadas pela primeira vez pelo astrônomo egípcio Ptolomeu, por volta do ano 140 - a maioria delas com os nomes usados até hoje. Mesmo assim, acredita-se que as denominações foram dadas por povos da Mesopotâmia (parte do atual Iraque) que viveram há mais de 5 000 anos. Foi só em 1928 que as 88 constelações de hoje tiveram sua área definida, de forma precisa, pela União Astronômica Internacional, para servir como referência aos astrônomos. Mas as mesmas estrelas ainda são vistas de maneiras diferentes. 

 É o caso da constelação do Cacuri ("armadilha para apanhar peixe", em nheengatu, uma língua amazônica). "Para esses índios, ela corresponde ao nosso Cruzeiro do Sul", diz o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. A nossa cruz, para eles, forma a armadilha; e as estrelas por perto, os peixes capturados.
Revista Mundo Estranho

Afinal, o que é um país?

Maurício Horta 
O que define se um país é ou não é um país? O povo que mora nele? Não exatamente. Se fosse isso, países como China, Índia, Indonésia, Nigéria e Rússia se desmantelariam em milhares de grupos com língua, religião e história próprias - e só nesses 5 países teríamos a metade da humanidade em convulsão. A resposta oficial para a pergunta está na definição dada na Convenção Internacional de Montevidéu de 1933. Segundo ela, o Estado é uma entidade com "uma população permanente, território definido, governo e a capacidade de entrar em relação com outros Estados".

Parece simples, mas tem uma pegadinha aí. E ela está no 4º ponto. Essa capacidade depende não apenas de quem quer ser reconhecido, mas também daqueles que querem reconhecê-lo. Ou seja, a definição não é técnica, mas, sim, política. País é aquilo que outros países aceitarem como país.

Para entender como isso funciona, primeiro é preciso levar em consideração que o planeta não tem um governo central. A Terra é uma verdadeira anarquia em que os Estados são atores que decidem sobre seu próprio destino, já que não há um poder executivo nem uma polícia planetária. A ONU é o palco onde esses atores se reúnem. Mas para entrar nesse elenco o país precisa ser aprovado pelos colegas, com dois terços dos votos da Assembleia Geral da ONU e a aprovação do Conselho de Segurança (CS), composto por EUA, França, Reino Unido, Rússia e China.

É nessa regra que surge o limbo dos países que não existem. O exemplo mais clássico é o da República Popular da China contra a República da China. Em 1949, o nacionalista Chiang Kaishek perdeu para o comunista Mao Tsé-tung a Guerra Civil Chinesa. Com isso, o governo chinês deposto se refugiou na ilha de Taiwan, enquanto Mao ganhou Pequim. Só que desde a fundação da ONU o assento chinês era do governo refugiado em Taiwan. Então, embora a ilha tivesse apenas uma fração da população chinesa, permaneceu como a verdadeira China até 1971, quando a ONU concedeu a cadeira ao governo de Pequim. Hoje Taiwan tem 23 milhões de habitantes, um PIB per capita igual ao da Alemanha e o 18º maior orçamento militar do mundo - mas continua não reconhecida, nem mesmo pelos parceiros comerciais. Oficialmente não é um país.

Algo ainda mais impressionante acontece na Somália. Desde 1991 o país não tem um governo capaz de controlar seu território, e grande parte do sul está nas mãos de uma milícia ligada à Al Qaeda. Enquanto isso, no noroeste do país fica a Somalilândia - um país com governo central operante e moeda própria. A Somália, que não consegue governar seu próprio território, tem um assento na ONU. A Somalilândia não.

Agora é a vez de a Palestina tentar sair desse limbo. Hoje ela é um quebra-cabeça territorial, com áreas sob controle palestino, áreas de controle israelense e outras sob controle civil palestino e controle militar israelense. Depois de 18 anos de negociações com Israel que não levaram à criação de seu Estado, o plano palestino é apresentar à Assembleia da ONU em setembro o pedido de entrada como membro. Mesmo já tendo a aprovação de quase 130 dos 193 países-membros, esse plano precisa passar pelo Conselho de Segurança, em que os EUA têm - e provavelmente exercerão - poder de veto.

Já se o pedido emplacar, o novo país teria direitos de qualquer Estado de verdade. Engraçado é que até Liechtenstein tem, embora não tenha um exército e sua população caiba toda num estádio de futebol. San Marino também é país. E não consta que alguém no mundo fale "san marinês"... Nem "monegasco", embora Mônaco também tenha sua cadeira cativa na sede da ONU, desde 1993.

E quais são esses direitos de um Estado de verdade? Antes de mais nada, o novo país garantiria o monopólio do uso da força legítima em seu território, e ninguém poderia interferir, sob pena de ficar malvisto pela comunidade internacional - o que pode trazer embargos comerciais, por exemplo, contra quem violar a soberania de um país reconhecido.

Até outro dia, porém, essa história de país parecia estar ficando obsoleta, com a União Europeia liderando a formação de blocos econômicos sem fronteiras internas. Era o primeiro passo para a utopia de um governo planetário. Mas agora, com a crise e o desfacelamento do euro, essa estrada virou rua sem saída - a começar com a Dinamarca, que voltou a controlar sua fronteira. Por enquanto, a única certeza é que a anarquia vai continuar sendo o sistema internacional de governo.
Países de verdade que não têm cadeira na ONU. E seminações que têm:

Estados não reconhecidos:

Taiwan - 23 milhões de habitantes

Palestina - 4,2 milhões de habitantes

Somalilândia - 3,7 milhões de habitantes


Estados reconhecidos:

San Marino - 32 mil habitantes

Mônaco - 36 mil habitantes

Liechtenstein - 36 mil habitantes
Revista Superinteressante

E se o homem não tivesse pisado na Lua?

Fernando Brito

Xixi nas calças. Foi uma das primeiras coisas que o astronauta Buzz Aldrin fez na Lua, em 1969. Felizmente os técnicos da Nasa tinham pensado nessa possibilidade. Eles criaram um coletor de urina para a roupa do segundo homem a chegar lá. Invenções banais como essas e outras bem mais importantes são o principal resultado da conquista da Lua. Comida desidratada, aspirador de pó sem fio, painéis solares e purificadores de água são só alguns outros exemplos. Muitas dessas invenções talvez nem fossem criadas, já que não precisávamos delas antes dos voos espaciais. Por outro lado, vários projetos úteis da Nasa que poderiam ter nos levado a outra realidade foram abandonados para que os recursos se concentrassem na construção dos foguetes titânicos que nos levariam à Lua. O Saturno, onde as cápsulas Apollo iam de carona, tinham 110 metros de altura - o dobro da de um ônibus espacial de pé. A Lua, afinal, fica mais longe do que parece: são 300 mil quilômetros daqui até lá. A Estação Espacial Internacional, o mais longe que qualquer astronauta pode sonhar ir hoje, fica a meros 400 quilômetros. Se o esforço para chegar à Lua tivesse se concentrado em naves menores, por exemplo, talvez o turismo espacial já fosse realidade há muito tempo. Ninguém teria ido à Lua. Ok. Mas talvez você já tivesse feito sua viagem ao espaço.

Voar, voar. Descer, descer
Sem o Projeto Apollo, poderíamos ter voos ultrarrápidos convivendo com tecnologias ultrapassadas

Pentium MMX
Computadores são os Benjamins Buttons da vida real. Começaram grandes como uma sala e ficaram pequenos como um iPhone. Mas foi a corrida espacial que criou as primeiras CPUs compactas para que elas coubessem nas naves. Sem esse avanço, a miniaturização dos computadores demoraria mais. E talvez ainda estivéssemos na era dos primeiros PCs e Macs.

Fim dos blockbusters?
Esqueça Star Wars, Contatos Imediatos, ET... A ficção científica de massa explodiu depois do pouso na Lua - antes sci-fi era um gênero de nicho. George Lucas e Steven Spielberg, os criadores da cultura blockbuster, seriam cineastas menores. Sem blockbusters e com a pirataria, a indústria do cinema seria mais pobre. E mais dependente do mecenato - seja privado, seja estatal.

SP-NY em meia hora
Ao desafiar os russos na corrida espacial, os americanos abandonaram outros programas para concentrar recursos na ida à Lua. Isso impediu a criação de tecnologias que fariam os vôos orbitais, realidade desde 1959, mais comuns e baratos. E, se esses voos fossem realidade, uma viagem entre São Paulo e Nova York levaria meia hora.

Menos câmeras
A Apollo levou uma câmera a bordo. As filmadoras tinham o tamanho de uma máquina de lavar. Então só deu para colocar uma na cápsula porque miniaturizaram o equipamento. Foi o pontapé inicial para as câmeras cada vez menores. Sem isso, a evolução seria mais lenta. Talvez as câmeras digitais não tivessem chegado. E as redes sociais seriam bem mais chatas.
Revista Superinteressante

Onde está o ouro do mundo?

A maior quantidade foi usada em joias. Mas os bancos centrais dos países também garantiram um pedaço para si
Karin Hueck, Guilherme Fogaça, Renata Steffen e Fabrício Lopes

Um edifício com 6 andares de ouro maciço e de 8 mil metros cúbicos. Esse seria o resultado aproximado se fosse possível condensar todas as 166,6 mil toneladas do metal dourado já descobertas desde o início da história. A maior parte seria ocupada por joias, mas os principais "moradores" desse prédio seriam os bancos centrais dos países. O ouro faz parte das reservas internacionais, uma espécie de poupança das nações, formada também por dinheiro vivo, e usada em casos de emergência. "Se houver uma crise política muito grande, as moedas perdem o valor. Mas o ouro sempre pode ser usado como meio de troca", diz Isabela Maia, gerente-executiva do Banco Central do Brasil. Na prática, os países mal utilizam o metal - no Brasil, o estoque está intacto desde 2002.

1 prédio de 6 andares = 8 mil metros cúbicos de ouro = 166 600 toneladas de ouro puro
Revista Superinteressante

Trabalho forçado


Felipe Van Deursen 
- 30 escravos trabalham para você neste momento se você come carne vermelha com frequência, é fã de gadgets, faz esportes e usa cosméticos todo dia.

- 25 mil pessoas trabalham forçadamente em fazendas de gado, milho, soja, algodão, campos de mineração e canaviais no Brasil.

- 21 horas por dia Expediente nas manufaturas de bolas de futebol da China.

Dados do Slavery Footprint, aplicativo que calcula, com base em características de consumo de alimentos, roupas, cosméticos e equipamentos eletrônicos, entre outros, o número de escravos trabalhando para você.
Slaveryfootprint.org
Revista Superinteressante

Se o Havaí é um estado americano, por que tem a bandeira do Reino Unido em sua flâmula?

Reportagem Cartola - Agência de Conteúdo
Porque, antes de ser anexado aos Estados Unidos, em 1898, o Havaí era ocupado pelo Reino Unido, primeiro país ocidental a registrar sua chegada lá. Por isso a bandeira tem o Union Jack, o símbolo britânico. Ela também traz 8 listras, que representam as 8 principais ilhas do arquipélago. Segundo Donald T. Healy e Peter J. Orenski, no livro Native American Flags, a bandeira foi criada em 1816 pelo rei Kamehameha I. Sim, o Havaí era um reino! Irado.
Revista Superinteressante

Qual a origem dos nomes dos continentes?


Inventores da geografia, foram os gregos que batizaram os primeiros territórios conhecidos. Inicialmente, consideravam o mundo entre os que estavam a oeste (ereb, em grego) e a leste (assu) do rio Egeu. Com o passar do tempo, essas denominações dariam origem aos nomes Europa e Ásia.

'África' é um termo grego traduzido para o latim. Refere-se a um lugar ensolarado, sem frio. O continente também era chamado de Lybia pelos gregos.

O nome 'América' homenageia o navegador italiano Américo Vespúcio, que descreveu a região como um novo mundo, e não a Ásia, como acreditava seu descobridor, Cristóvão Colombo.

Oceania também é uma palavra de origem grega. Oceano, na mitologia, é o imenso rio que corre ao redor da Grécia. Austrália, outro nome do continente, quer dizer terras austrais, que estão ao sul. A palavra 'austral' é de origem latina. Antártica ou Antártida — as duas formas são corretas — é o contrário de ártico (norte). Portanto, Antártica é sinônimo de pólo sul, do grego antarktikós e do latim antarticu.
Fonte: http://www.classicalmythology.org/
Revista GALILEU

Qual a origem do nome Terra?


Vitório Alberto Lorenci e Davi B. CorreiaA palavra vem do latim ters, secar. O termo era usado inicialmente apenas para designar terra firme, em oposição a mare, mar, e significava também território ou chão. Com o tempo, passou a refeir- se ao planeta, como em globus terrae (globo terrestre). Enfim, a expressão acabou reduzida a terra, com o mesmo significado. No caso das línguas não-latinas, a palavra vem do grego éraze, sobre o solo. Daí, por exemplo, earth (em inglês) e erde (alemão), nomes diferentes para a mesma Terra.
Revista Superinteressante

Porque os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol?


Marcelo G. RosaFoi o astrônomo alemão Johannes Jepler (1571-1630) quem descobriu que os planetas se movimentam com velocidades variáveis e que o movimento tem a forma de uma elipse e não de um circulo perfeito, como se pensava até então. Mais tarde, verificou-se que o tipo de movimento dos corpos celestes depende da sua energia total, o que explica por que um cometa pode entrar e sair do sistema solar sem ficar preso no mesmo campo gravitacional dos planetas. Assim, a órbita será elíptica se a velocidade do corpo dor inferior à velocidade mínima de escape do campo gravitacional a que ele está sujeito.Revista Superinteressante

O que são ciclones, furacões e tufões?


Wanderlei Zandoná e Damião B. FariasOs ciclones sãos redemoinhos de ventos que iram em tornos dei um centro de baixa pressão, isto é, um local onde o ar quente, que é mais leve, elevou-se, sendo substituído pelo ar frio das proximidades. O sentido desses redemoinhos, que se movimentam por toda parte do globo, varia de um hemisfério para o outro (sentido horário ao norte e anti-horário ao sul). Já os ventos que circulam em torno de um centro de alta pressão são chamados anticiclones e têm sentidos opostos (anti-horário ao norte horário ao sul). Os ciclones que se formam na legião próxima ao equador assumem outros nomes furacões, no Caribe e no Oceanos Atlântico, e tufões, no Oceano Pacífico e no Mar da China. Esses ventos, conhecidos também como ciclones tropicais, são bem menores, mas muito mais rápidos e violentos. Enquanto o diâmetro de um ciclone pode alcançar 4 mil quilômetros e ter uma velocidade de 30 metros por segundo, o de um furacão chega a 500 quilômetros, só que a 60 metros por segundo.

Revista Superinteressante

De onde vêm os nomes dos oceanos?


Alberto C.M lerveseO nome do Oceano Atlântico tem origem mitológica, o do Pacifico, histórica, e os dos três restantes {Indica Glacial Ártico e Glacial Antártico. geográfica. Atlântico vem de Atlas, filho do deus dos mares. Netuno é pai das Atlântidas. Em 1520, quando navegador português Fernão de Magalhães percorreu o litoral sul-americano a oeste da Cordilheira dos Andes, ficou impressionado com a tranqüilidade das águas. Daí o nome Oceano Pacifico. Por sua vez, o Indico recebe o nome das costas que banha, da Índia e da Indonésia, já o Ártico, situado no pólo norte, sob constelação da Ursa Menor, deve o nome à palavra grega arctos, que significa urso. Por oposição geográfica, denomina-se Antártico o oceano próximo ao pólo sul.Revista Superinteressante

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