sábado, 27 de julho de 2013

SOLO

Agricultura moderna e urbanização levam à perda da biodiversidade do solo

JIM ROBBINS
DO "NEW YORK TIMES"
Poucas coisas são mais vitais do que a saúde da terra. Nosso abastecimento alimentar começa lá. As plantas selvagens precisam de solo saudável para crescer bem. Os herbívoros, para que possam comer as folhas, sementes e frutos das plantas. Por fim, os predadores, para que possam comer os bichos que comem as plantas.

Um solo saudável evita doenças humanas e também contém a cura para outras enfermidades. A maioria dos antibióticos vem de lá. Os cientistas agora procuram na terra uma nova classe de remédios para enfrentar doenças resistentes a antibióticos.

Jon Hrusa/Epa
Lavoura em Moçambique; más práticas agrícolas arruinaram cerca de metade do solo superficial na África

O solo supostamente desempenha um papel importante, mas pouco compreendido, na difusão do cólera, da meningite fúngica e de outros agentes infecciosos que passam parte do seu ciclo de vida na terra.

Novas tecnologias garantiram saltos na nossa compreensão sobre a ecologia dos solos, ao permitir que os cientistas estudem os genes de micróbios da terra e acompanhem minúsculas quantidades de carbono e nitrogênio em sua passagem por esse ecossistema.

Mas, à medida que os cientistas aprendem mais, eles percebem como sabem pouco.

Na última década, os cientistas descobriram que o "oceano de terra" do planeta é um dos quatro maiores reservatórios de biodiversidade. Ele contém quase um terço de todos os organismos vivos, segundo o Centro de Pesquisas Conjuntas da União Europeia, mas apenas cerca de 1% dos seus micro-organismos já foi identificado. As relações entre essa miríade de espécies ainda é mal compreendida.

Cientistas criaram recentemente a Iniciativa Global de Biodiversidade do Solo para avaliar o que se sabe sobre a vida subterrânea, para identificar onde ela está em perigo e para determinar a saúde dos serviços ecossistêmicos essenciais que o solo fornece.

Uma colherada de terra pode conter bilhões de micróbios (divididos entre 5.000 tipos diferentes), assim como milhares de espécies de fungos e protozoários, além de nematódeos, ácaros e algumas espécies de cupim.

"Há uma pululante organização embaixo do chão, uma fábrica com terra, animais e micróbios, cada um com seu próprio papel", disse a bióloga Diana Wall, da Universidade Estadual do Colorado, a presidente científica da iniciativa.

O ecossistema do solo é altamente evoluído e sofisticado. Ele processa o lixo orgânico, transformando-o em terra. Filtra e limpa grande parte da água que bebemos e do ar que respiramos, ao reter poeiras e agentes patogênicos. Desempenha importante papel na quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, pois, com toda a sua matéria orgânica, é o segundo maior depósito de carbono do planeta, só atrás dos oceanos.

O uso de arados, a erosão e outros fatores liberam carbono na forma de CO2, exacerbando a mudança climática.

Um estudo de 2003 na revista "Ecosystems" estimou que a biodiversidade de quase 5% do solo dos EUA estava "sob risco de perda substancial ou completa extinção devido à agricultura e à urbanização". Essa foi provavelmente uma estimativa conservadora, já que o solo do planeta era na época mais inexplorado do que hoje e as técnicas do estudo eram bem menos desenvolvidas.

Há numerosas ameaças à vida no solo. A agricultura moderna é uma das maiores, pois priva a terra da matéria orgânica que a alimenta, resseca o chão e o contamina com pesticidas, herbicidas e nitrogênio sintético.

A impermeabilização em áreas urbanas também destrói a vida da terra, assim como a poluição e as máquinas pesadas. Uma ameaça já antiga, como a chuva ácida, continua afetando a vida subterrânea, pois deixa o solo mais ácido.

O problema é global. Em quase metade da África, por exemplo, o uso intensivo para lavouras e pastagens destruiu a camada superior do solo e causou desertificação.

O aquecimento global irá contribuir para as ameaças à biodiversidade do solo. A segurança alimentar é uma grande preocupação. O que irá acontecer com as lavouras à medida que o planeta se aquecer? Ligeiras alterações de temperatura e umidade podem ter impactos profundos, mudando a composição da vida no solo e os tipos de plantas que poderão crescer.

Algumas plantas devem gradualmente migrar para climas mais frios, mas outras podem não ser capazes de se adaptar em novos solos. "O mundo acima do chão e o mundo abaixo dele estão muito estreitamente ligados", disse Wall.

Os cientistas também estão descobrindo que um ecossistema saudável no solo pode ajudar a sustentar as plantas naturalmente, sem insumos químicos. "Quanto maior é a diversidade do solo, menos doenças surgem nas plantas", disse Eric Nelson, que estuda a ecologia do solo e das doenças na Universidade Cornell, no Estado de Nova York. Os insetos também são refreados por plantas que crescem em terra saudável, segundo ele.

O que agricultores e jardineiros podem fazer para proteger seus solos? Wall sugere não lavrar a terra, deixando que a vegetação morta se decomponha, em vez de revolver o solo com o arado a cada ano. Evitar produtos químicos sintéticos é importante. Agregar adubo, especialmente adubo de minhoca, pode contribuir para fortalecer os ecossistemas da terra.

O tema está começando a atrair a atenção merecida. Wall acaba de receber o Prêmio Tyler de Realização Ambiental, com uma dotação de US$ 200 mil, que ela diz pretender usar em pesquisas. "É a hora do show para a biodiversidade do solo", disse ela.
Folha de S. Paulo

Perfil do solo: horizontes

Chama-se de perfildo solo a seção vertical que, partindo da superfície, aprofunda-se até onde chega a ação do intemperismo, mostrando, na maioria das vezes, uma série de camadas dispostas horizontalmente (horizontes), paralelas à superfície do terreno, que possuem propriedades resultantes dos efeitos combinados dos processos de formação do solo (pedogênese).

A natureza e o número de horizontes variam de acordo com os diferentes tipos de solo. Os solos geralmente não possuem todos esses horizontes bem caracterizados, entretanto, pelo menos possuem parte deles.

Horizonte O: camada orgânica superficial. É constituído por detritos vegetais e substâncias húmicas acumuladas na superfície, ou seja, em ambientes onde a água não se acumula (ocorre drenagem). É bem visível em áreas de floresta e distingui-se pela coloração escura e pelo conteúdo em matéria orgânica (cerca 20%).
Horizonte A: camada mineral superficial adjacente à camada O ou H. É o horizonte onde ocorre grande atividade biológica o que lhe confere coloração escurecida pela presença de matéria orgânica. Existem diferentes tipos de horizontes A, dependendo de seus ambientes de formação. Esta camada apresenta maior quantidade de matéria orgânica que os horizontes subjacentes B e C.
Horizonte E ou B: camada mineral situada mais abaixo do horizonte A. Apresenta menor quantidade de matéria orgânica, e acúmulo de compostos de ferro e argilo minerais. Ocorre concentração de minerais resistentes, como quartzo em pequenas partículas (areia e silte). Éo horizonte de máximo acúmulo, com bom desenvolvimento estrutural.
Horizonte C: camada mineral de material inconsolidado, ou seja, por ser relativamente pouco afetado por processos pedogenéticos, o solo pode ou não ter se formado, apresentando-se sem ou com pouca expressão de propriedades identificadoras de qualquer outro horizonte principal.
Horizonte R: camada mineral de material consolidado, que constitui substrato rochoso contínuo ou praticamente contínuo, a não ser pelas poucas e estreitas fendas que pode apresentar (rocha).
A presença dos vários tipos de horizontes mencionados está subordinada às condições que regulam a formação e evolução do solo. Como as condições variam de acordo com as circunstâncias do ambientes (material de origem, vegetação, clima, relevo, tempo) o tipo e número de horizontes de um perfil de solo são diferentes.

SOLOS - Processo de formação

Você consegue imaginar uma plantação neste costão rochoso? É esquisito, parece que não existe solo. Observamos uma vegetação rasteira no alto do morro, mas, além do declive e da proximidade do mar, a foto mostra rochas que não se transformaram em solo propriamente dito, aquele que pode ser cultivado. Isto não quer dizer, entretanto, que toda rocha obrigatoriamente deverá se transformar em solo.

É importante visualizar os solos como corpos dinâmicos naturais, cujas características (como a de um ser vivo) são decorrentes das combinações de influências que recebem. Como o solo é substrato onde evoluem outros sistemas, tais características irão também influenciar na evolução de diferentes componentes das paisagens como: relevo, vegetação, comportamento hídrico.
O processo de formação de solos é chamado de intemperismo, ou seja, fenômenos físicos, químicos e biológicos que agem sobre a rocha e conduzem à formação de partículas não consolidadas.
Intemperismo físico: promove a modificação das propriedades físicas das rochas (morfologia, resistência, textura) através da desagregação ou separação dos grãos minerais antes coesos, acarretando no aumento da superfície das partículas, mas não modificando sua estrutura. Sua atuação é acentuada em virtude de mudanças bruscas de temperatura. Ciclos de aquecimento e resfriamento dão origem a tensões que conduzem a formação de fissuras nas rochas assim desagregando-as. A mudança cíclica de umidade também pode causar expansão e contração. Espécies vegetais de raízes profundas, ao penetrarem nos vazios existentes, também provocam aumento de fendas, deslocamento de blocos de rochas e desagregação.
A superfície exposta ao ar e a água, aumentada pela fragmentação, abre caminho e facilita o intemperismo químico.
Intemperismo químico: ocorre quando estratos geológicos são expostos a águas correntes providas de compostos que reagem com os componentes minerais das rochas e alteram significativamente sua constituição. Esse fenômeno é o intemperismo químico, que provoca o acréscimo de hidrogênio (hidratação), oxigênio (oxigenação) ou carbono e oxigênio (carbonatação) em minerais que antes não continham nenhum destes elementos. Muitos minerais secundários formaram-se por esses processos. Este tipo de intemperismo é mais comum em climas tropicais úmidos.
Intemperismo biológico: é caracterizado por rochas que perdem alguns de seus nutrientes essenciais para organismos vivos e plantas que crescem em sua superfície.
À medida que o intemperismo vai atuando (tempo), a camada de detritos torna-se mais espessa e se diferencia em subcamadas (horizontes do solo), que em conjunto formam o perfil do solo. O processo de diferenciação dos horizontes ocorre com incorporação de matéria orgânica no seu interior. Partículas migram descendentemente, levadas pela gravidade e até realizam movimentos ascendentes carregadas com a ascensão do lençol freático. Ainda, deve ser considerada a atuação de plantas, cujas raízes absorvem elementos em profundidade e estes são incorporados à superfície.
Na verdade, a origem e evolução dos solos são condicionadas por cinco fatores:
Material de origem: a ação do intemperismo nas rochas depende de seus materiais constituintes, sua estrutura e composição mineralógica;
Clima: precipitação e temperatura regulam a natureza e a velocidade das reações químicas. A disponibilidade de água (chuvas) e a temperatura agem acelerando ou retardando as reações do intemperismo;
Relevo: a topografia e a cobertura vegetal regulam a velocidade do escoamento superficial das águas pluviais. Isto interfere na quantidade de água que infiltra e percola no solo. Este processo (em tempo suficiente) é essencial para consumação das reações e drenagem;
Microrganismos: a decomposição de matéria orgânica libera gás carbônico cuja concentração no solo pode ser até 100 vezes maior que na atmosfera. Isso diminui o pH das águas de infiltração. Alguns minerais, como alumínio, tornam-se solúveis somente em pH ácido, isto é, necessitam desta condição para se desprender de sua rocha de origem. Outros produtos de metabolismo, como ácidos orgânicos secretados por liquens, influenciam também os processos de intemperismo.Assim como raízes que exercem forca mecânica nas rochas que pode acarretar em sua desagregação;
Tempo: variável dependente de outros fatores que controlam o intemperismo, principalmente dos constituintes do material de origem e do clima. Em condições de intemperismo pouco agressivas é necessário um tempo mais longo de exposição para haver o desenvolvimento de um perfil de alteração.
A partir de um perfil do solo, é possível visualizar a ação do processo de intemperismo!!!
Chama-se de perfildo solo a seção vertical que, partindo da superfície, aprofunda-se até onde chega a ação do intemperismo, mostrando, na maioria das vezes, uma série de camadas dispostas horizontalmente (horizontes), paralelas à superfície do terreno, que possuem propriedades resultantes dos efeitos combinados dos processos de formação do solo (pedogênese).

SOLOS - Introdução

O que está representado em marrom é a parte terrestre do planeta, que constitui os continentes. Os continentes ocupam cerca de 30% da superfície terrestre.
Os seis continentes do planeta são (em ordem decrescente de tamanho): Ásia, América, África, Antártida, Europa e Oceania.

Para evitar confusão, vamos empregar a palavra “solo” onde realizamos atividades diversas, nos sustentamos, construímos, plantamos e retiramos minerais. Entretanto, são diversas as definições de solo, conforma o enfoque desejado. Abaixo estão listados alguns exemplos destas definições segundo as diferentes áreas:

Engenharia civil: material escavável, que perde sua resistência quando em contato com a água.

Agronomia: camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana.

Arqueologia: material no qual se encontram registros de civilizações e organismos fósseis.

Geologia: produto do intemperismo físico e químico das rochas.
Pedologia: camada viva que recobre a superfície da terra, em evolução permanente, por meio da alteração das rochas e de processos pedogenéticos comandados por agentes físicos, biológicos e químicos Esta é a ciência que estuda a formação do solo, e foi iniciada na Rússia por Dokuchaiev no ano de 1880.

O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de seres vivos são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na rocha até a formação do solo. Para entendermos melhor este processo, acompanhe atentamente a seqüência abaixo:
1) Rocha matriz exposta.
2) Chuva, vento e sol desgastam a rocha formando fendas e buracos. Com o tempo a rocha vai esfarelando-se.
3) Microrganismos como bactérias e algas se depositam nestes espaços, ajudando a decompor a rocha através das substâncias produzidas.
4) Ocorre acúmulo de água e restos dos microrganismos.
5) Organismos um pouco maiores como fungos e musgos, começam a se desenvolver.
6) O solo vai ficando mais espesso e outros vegetais vão surgindo, além de pequenos animais.

7) Vegetais maiores colonizam o ambiente, protegidos pela sombra de outros.

8) O processo continua até atingir o equilíbrio, determinando a paisagem de um local.
Todo este processo leva muito tempo para ocorrer. Calcula-se que cada centímetro do solo se forma num intervalo de tempo de 100 a 400 anos! Os solos usados na agricultura demoram entre 3000 a 12000 anos para tornarem-se produtivos.
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SOLOS - Queimadas

Queimada

Algumas vezes os agricultores fazem queimadas com a finalidade de limpar os terrenos para outro plantio. É uma prática antiga e barata, pois não é necessário gastar dinheiro com máquinas.O fogo mata, além das plantasanimais e os microrganismos. As cinzas são transportadas facilmente para outros locais, empobrecendo, desta maneira, o solo. Ressalta-se ainda que o nitrogênio e o enxofre são perdidos na própria queima. É verdade que nos dois primeiros anos após as queimadas a produção aumenta, porém, com o passar do tempo, a falta de nutrientes no solo faz diminuir a produção.

ColaboraçãoProf. Marcelo Ricardo de Lima, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e
Vice - Coordenador do Projeto Solo na Escola.
Responsáveis pelo textoProfa. Alessandra R. de Moraes, Aline Fernanda Campagna e Silvia Ap. Martins dos Santos.

SOLOS - desmatamento

Desmatamento

voçoroca

Retirar a vegetação de um determinado local, além de alterar a paisagem contribui para o enfraquecimento do solo. O solo exposto fica sujeito à erosão, que é capaz de alterar a paisagem numa velocidade bem maior que os processos naturais. Em alguns locais é possível observar o efeito da erosão, num intervalo de tempo de apenas alguns anos. Com o passar do tempo, formam-se canais que vão tornando-se maiores podendo até formar uma voçoroca,
A recuperação de uma área que foi desmatada sem controle e planejamento pode levar um tempo de até mais de 50 anos.
ColaboraçãoProf. Marcelo Ricardo de Lima, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e
Vice - Coordenador do Projeto Solo na Escola.
Responsáveis pelo textoProfa. Alessandra R. de Moraes, Aline Fernanda Campagna e Silvia Ap. Martins dos Santos.

SOLOS - monocultura

Saúva

A substituição da cobertura vegetal original, geralmente composta por várias espécies de plantas, por uma cultura única, é uma prática danosa ao solo. Por exemplo: numa área de cerrado podemos encontrar tamanduás, emas, e até lobos-guará, sem contar os animais menores. Quando se derruba uma grande área de cerrado e planta-se, por exemplo, soja estes animais tem dificuldade para se alimentar, não encontram abrigos e dificilmente conseguem se reproduzir. Aqueles que sobrevivem procuram outros locais, invadindo áreas urbanas, tornando-se então presas fáceis. Por outro lado, alguns insetos encontram na plantação de soja alimento constante e poucos predadores, desta maneira se reproduzem intensamente tornando-se pragas. Outro efeito é o esgotamento do solo: na maioria das colheitas retira-se a planta toda interrompendo desta maneira o processo natural de reciclagem dos nutrientes. O solo torna-se empobrecido, diminui sua produtividade, tornando-se necessária então a posterior aplicação de adubos.Colaboração:Prof. Marcelo Ricardo de Lima, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e
Vice - Coordenador do Projeto Solo na Escola.
Responsáveis pelo textoProfa. Alessandra R. de Moraes, Aline Fernanda Campagna e Silvia Ap. Martins dos Santos.

USO E DEGRADAÇÃO DO SOLO

voçoroca
A degradação do solo pode atingir níveis irrecuperáveis.


USO E DEGRADAÇÃO DO SOLO
Além de nos sustentar e ser onde construímos nossas casas, o solo, por meio da agricultura, fornece a maior parte do alimento que consumimos.Para garantir a produção constante de alimentos, o ser humano passou a investir na agricultura. Construir armazéns para guardar o estoque de alimentos, desenvolver máquinas para facilitar seu trabalho, como tratores e arados; criar mecanismos de drenagem e irrigação pra controlar a quantidade de água e até mesmo escolher espécies mais resistentes ao ataque de organismos considerados pragas como insetos, fungos, bactérias ou vírus.
IRRIGAÇÃO
Serve para molhar os solos secos tornando-os bons para o plantio, através de tubos ou canais.

DRENAGEM
Utilizada para retirar o excesso de água dos terrenos muito úmidos. Costuma-se abrir valas, fazer aterros ou plantar vegetais que absorvem muita água, como o eucalipto.

ADUBAÇÃO
Importante para enriquecer os solos pobres com nutrientes. Podem ser usados: calcário, húmus e esterco, adubos ou fertilizantes químicos.

ARAÇÃO
Realizada para revolver a terra facilitando a circulação do ar, da água e nutrientes. Realizada em solos compactos, que dificultam a passagem do ar. No entanto, o uso exagerado desta técnica pode também levar à erosão.

No entanto, deve-se considerar que o solo não é importante somente para a produção de alimentos, mas também, que exerce uma multiplicidade de funções, como a regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação; armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos além de ação filtradora e protetora da qualidade do ar e da água.
Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em função do uso inadequado pelo homem. Condição em que o desempenho de suas funções básicas fica severamente prejudicado, acarretando interferências negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade de vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência humana como os sistemas agrícolas e urbanos.

ColaboraçãoProf. Marcelo Ricardo de Lima, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e
Vice - Coordenador do Projeto Solo na Escola.
Responsáveis pelo textoProfa. Alessandra R. de Moraes, Aline Fernanda Campagna e Silvia Ap. Martins dos Santos.

SOLOS - CURIOSIDADE

O nitrogênio (representado por N) é responsável pela cor verde da folhagem e é o principal elemento químico para formação de proteínas. O fósforo (P) ajuda a formar raízes fortes e abundantes; contribui para formação e amadurecimento dos frutos e é indispensável na formação de sementes. O potássio (K) está relacionado com a formação de talos fortes e vigorosos, além de proteger a planta de enfermidades. O cálcio (Ca) ajuda no crescimento da raiz e do talo das plantas e também facilita a absorção dos nutrientes. O magnésio (Mg) é o elemento principal na formação da clorofila, sem a qual as plantas não produzem carboidratos.
Colaboração: Prof. Marcelo Ricardo de Lima, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e

Vice - Coordenador do Projeto Solo na Escola.
Responsáveis pelo texto: Profa. Alessandra R. de Moraes, Aline Fernanda Campagna e Silvia Ap. Martins dos Santos.

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TIPOS DE SOLOS NO BRASIL


As diferentes características dos solos permitem compará-los e classificá-los. Desta forma, os solos mais comuns no Brasil são:
a) Latossolos: são os solos predominantes no Brasil e, em geral, apresentam relevo suave, grande profundidade, alta permeabilidade e baixa capacidade de troca catiônica. Ocorre a predominância de óxidos de ferro, de alumínio e caulinita, que é uma argila de baixa atividade, sendo predominante na fração argila dos latossolos. Esta combinação química, juntamente com matéria orgânica e alta permeabilidade e aeração conferem ao latossolo uma estrutura fina, muito estável que facilita o cultivo. Em caso de compactação subsuperficial, a erodibilidade destes solos aumenta, exigindo cuidados redobrados no seu manejo. Dentro da classificação de latossolos, ainda existe uma subdivisão, ou seja, eles podem ser classificados de acordo com sua coloração, a qual reflete maior ou menor riqueza em óxidos de ferro. Assim, predominam no Brasil os seguintes latossolos: Latossolo Roxo, Latossolo Bruno, Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho Amarelo e, Latossolo Amarelo. O teor de óxidos de ferro decresce do Latossolo Roxo para o Latossolo Amarelo. O Latossolo Roxo apresenta-se, em relação aos demais, com maior fertilidade, ocorrendo, porém, em menor freqüência.

b) Podzólicos ou Argissolos: são solos profundos e menos intemperizados do que os Latossolos podendo apresentar maior fertilidade natural e potencial. Esses solos são desenvolvidos basicamente a partir de produtos da intemperização de arenitos, com seqüência de horizontes A, B e C bem diferenciados e com suas transições geralmente bem definidas. A principal característica deste solo é a diferença textural entre os horizontes A e B, visto que no horizonte B concentra-se teor mais elevado de argila do que no horizonte A, onde, entretanto, a atividade biológica apresenta-se intensa. O acúmulo de argila no horizonte B torna os solos podzólicos menos permeáveis, portanto mais propensos à erosão hídrica.

c) Aluviais: são solos pouco desenvolvidos, provenientes de sedimentos, geralmente de origem fluvial, apresentando grande heterogeneidade entre si, como também ao longo do seu perfil. Ocorrem em relevo plano, várzeas e em áreas próximas aos rios. Suas maiores limitações de uso referem-se aos riscos de inundações periódicas e elevação do lençol freático. Uma vez que esses solos apresentam horizonte A diretamente assentado sobre o horizonte C, todos os cuidados devem ser tomados nos trabalhos de sistematização para uso. Excessivos cortes podem expor o horizonte C, reduzindo a capacidade produtiva.

d) Hidromórficos: são desenvolvidos em condições de excesso d’água, ou seja, sob influência de lençol freático. Estes solos apresentam a cor cinza em virtude da presença de ferro reduzido, ou ausência de ferro trivalente. Logicamente, ocupam baixadas inundadas, ou freqüentemente inundáveis. Pelas condições onde se localizam, são solos difíceis de serem trabalhados. Existem dois tipos principais de solos hidromórficos: os orgânicos e os minerais.

e) Cambissolos: são solos pouco desenvolvidos em relação aos Latossolos e Podzólicos. Apresentam horizonte B em formação. São rasos e de elevada erodibilidade podendo em curto espaço de tempo ocorrer exposição de subsolo. A fertilidade do horizonte A está condicionada ao tipo de rocha formadora inicial. Por serem muito susceptíveis à erosão, normalmente não permitem um uso intensivo podendo, em condições naturais, ser observada a ocorrência de erosão laminar moderada, ou severa, bem como em sulcos e voçorocas.

f) Solos salinos ou halomórficos: caracterizam-se por uma concentração elevada de sais solúveis. São comuns nas partes baixas do relevo nas regiões áridas, semi-áridas e naquelas próximas do mar. São desprovidos de cobertura vegetal devido à elevada salinidade.

g) Litossolos: esta classe é constituída por solos pouco desenvolvidos, muito rasos, com o horizonte A assentado diretamente sobre a rocha. Situam-se nas áreas montanhosas. Os locais onde ocorrem este tipo de solo, são normalmente, destinados às áreas de preservação permanente.

Os diferentes tipos de solos proporcionam diferentes tipos de substratos, e por este motivo, a cobertura vegetal de uma área modifica-se de acordo com as características do terreno. As plantas conferem proteção ao solo, reduzindo o impacto das chuvas, diminuindo a velocidade da água através da copa das árvores e das raízes. Mesmo as folhas caídas contribuem para diminuir a ação da água no solo agindo como cobertura. Assim, a remoção de cobertura vegetal de forma não planejada é um dos principais fatores que podem desencadear a erosão, ou seja, o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou fragmentos de rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo ou organismos. Muitas vezes, a quebra deste equilíbrio natural entre o solo e o ambiente (remoção da vegetação, desvio de cursos hídricos, etc) promovida e acelerada pelo homem, expõe o solo a formas menos perceptíveis de erosão, que promovem a remoção da camada superficial deixando o subsolo (geralmente de menor resistência) sujeito à intensa remoção de partículas, o que culmina com o surgimento de voçorocas.

Quando os processos erosivos não são controlados ou estabilizados, estes podem acarretar um pesado ônus à sociedade. Além de danos ambientais irreversíveis, produz também prejuízos econômicos e sociais, como por exemplo: diminuição da produtividade agrícola,redução da produção de energia elétrica e do volume de água para abastecimento urbano devido ao assoreamento de reservatórios; ameaçar obras viárias e áreas urbanas, além de uma série de transtornos aos demais setores produtivos da economia.

ColaboraçãoProf. Marcelo Ricardo de Lima, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e
Vice - Coordenador do Projeto Solo na Escola.
Responsáveis pelo textoProfa. Alessandra R. de Moraes, Aline Fernanda Campagna e Silvia Ap. Martins dos Santos.
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A COMPOSIÇÃO DO SOLO

O solo é composto de quatro partes: ar; água; matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); parte mineral (que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o barro que gruda no sapato e o limo que faz as pessoas escorregarem).

Os quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água.

Dentro do solo existem pequenos furinhos, que chamamos de poros do solo, onde ficam guardados a água e o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar.

Como numa esponja que usamos para tomar banho, existe água e ar dentro do solo.
IBGE

COMO O SOLO É FORMADO

O solo, também chamado de terra, tem grande importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos, ele atua como suporte à água e ao ar e sobre ele construímos as nossas moradias.

O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo e a ajuda dos organismos vivos (fungos, liquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até que viram um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral.

Logo que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e macio, os seres vivos animais e vegetais (como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como o próprio homem) passam a ajudar no desenvolvimento do solo.

Eles atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta. Além disso, os seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material macio e solto, formando o verdadeiro solo.
IBGE

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